Você sabia que a biomecânica existe em diferentes momentos de nossas vidas? De simplesmente andar, sentar, levantar do sofá e até comer. Isso mesmo, mesmo enquanto comemos, pois para aproximar a colher da boca, estamos usando nossas articulações e alavancas de nossos ombros, braços, pulsos e dedos para realizar essa ação.
Em alguns casos até vemos pessoas fazendo movimento da cervical baixando a cabeça em direção ao talher e não o movimento do braço e da mão para levar o alimento à boca, o que não tem nenhum problema, pois exigência motora é bem tranquila e dificilmente provocará uma lesão.
Mas, ao falar sobre biomecânica, provavelmente não é essa imagem que nos vem à mente, mas sim aquele laboratório ultra moderno e a imagem de um robô, afinal a palavra mecânica tem muito a ver com coisa mecânica, de ferro ou na aula de robótica, muito comum nas escolas ultimamente.
Mas nesse caso a biomecânica não tem relação com os robôs, e sim com os humanos. A biomecânica é bem mais simples do que parece, claro dando a suas devidas proporções de acordo com a necessidade dessa área do conhecimento.
Antes da mecânica, tem um tal de bio que define a parte biológica, que estuda os efeitos biológicos do movimentar, ou seja, é forma mais eficiente para um corredor deslocar do ponto A ao ponto B usando o seu corpo e suas estruturas ou, quando aprofundamos um pouco mais, é como percorrer determinadas distâncias de forma mais econômica, tendo como referências o nosso corpo e suas mais diferentes estruturas como músculo, tendão, articulações, ângulos, elevações de membros e segmentos em sincronia, que vão interferir na altura que o corpo sai do chão, que a perna perde e ganha contato com o chão, entre outras variáveis que têm uma relação direta com a biomecânica do movimento humano.
Em resumo, será que estamos usando nosso corpo para um deslocamento ou para uma corrida segura e eficiente biomecanicamente falando?
Ter uma boa biomecânica durante a corrida, por exemplo, garante que a pisada seja amortecida pelos tendões e músculos, dando a sensação de que o corredor está pisando leve.
Uma boa biomecânica ajuda a reduzir a sobrecarga nas articulações e otimizar o gasto de energia. Embora algumas pessoas já nasçam com uma predisposição biomecânica muito boa, esta habilidade pode ser adquirida com correção de postura, adaptação e treinamento.
A corrida, aos olhos da biomecânica, é fascinante e serve como base para inúmeros estudos, como a cadência, tempo de queda, entrada e saída do pé no chão, que aparecem constantemente entre as publicações.
São muitas as variáveis que podem ajudar o corredor a fazer uma corrida cada vez mais eficiente e, para te ajudar, hoje o nosso conteúdo vai abordar a cadência, que é o ritmo das suas passadas dentro de um determinado tempo.
O que é cadência?
Na corrida, a cadência é o ritmo de passadas que uma pessoa faz por minuto.
Para calcular, você deve contar seus passos no intervalo de 1 minuto. Geralmente, este número varia entre 160 e 190 passos. Mas uma boa referência é considerar o número 180 ppm (passos por minuto).
Este número vem de um estudo do fisiologista Jack Daniels, que analisou as passadas dos atletas dos 800m na Olimpíada de Los Angeles. Manter uma cadência próxima de 180 traz um ganho de velocidade, maior impulsão e menor gasto de energia, fazendo com que o atleta possa correr melhor.
Quanto mais passos você dá por minuto, a mecânica do movimento tende a ser melhor, pois menos energia é desperdiçada e as forças que atuam no corpo durante a corrida são aproveitadas.
A maioria dos estudos científicos têm como referência atletas profissionais. Essa tecnologia está disponível em vários aplicativos e vem sendo utilizada por muitos amadores que tentam comparar a sua cadência com referências de quem vive para correr.
Mas é importante frisar que muitas variáveis interferem em sua cadência e uma delas é o seu nível de força. Então, tenha cuidado com essas comparações, siga seu ritmo e sua cadência de acordo com o seu nível de condicionamento e tempo de treino!
Quais são as vantagens de uma cadência alta?
Podemos listar algumas vantagens da cadência alta:
– Aterrissagem mais próxima ao centro de gravidade;
– Melhor absorção do impacto (menor sobrecarga);
– Ganho de velocidade;
– Aproveitamento do potencial elástico;
Para o leitor, seja ele atleta, professor e/ou treinador, cabe aumentar o leque de opções estudando e atualizando seus conhecimentos.
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Via: acidadeon