Antes de tudo, é de fundamental importância que para quaisquer ajustes ou estratégias alimentares ter um acompanhamento de profissional qualificado na área, de forma que a intervenção possa ser mais assertiva.
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Afinal qual a melhor dieta, com ou sem carboidratos?
Muitos dos atletas que adotam dietas com baixo teor de carboidratos e alto teor de proteína e gordura, também estão adotando uma outra estratégia alimentar que seria “sem carboidratos/baixo carboidratos” durante os exercícios e os treinamentos.
Na maioria das vezes, o pensamento destes atletas é: “Por que devo colocar calorias durante o exercício? Se, quanto menos eu como durante o exercício, mais calorias e gordura irei queimar.”
Muitas vezes, as pessoas são atraídas por essas “modinhas” e dietas alimentares porque estão procurando uma perda de peso rápida. Claro, a redução de carboidratos pode criar uma rápida perda de peso, no entanto, a perda é temporária e o peso geralmente volta rapidamente.
É aqui que um atleta deve se perguntar se está buscando “mudança” ou se quer resultados significativos e sustentáveis para toda a vida. Há uma grande diferença entre essas duas opções. Uma moda ou dieta alimentar que provoca uma rápida perda de peso e depois um ganho de peso ainda mais rápido que em alguns casos não traz nenhum ganho de desempnho.
O mito da queima de gordura!
Muitos atletas evitam ingerir carboidratos na dieta na tentativa de ensinar seu metabolismo a utilizar gordura como a principal fonte de combustível. Este pensamento não estaria correto, de forma que vários estudos já mencionaram que ambas afirmações não andam juntas.
A verdade é que os atletas podem queimar gordura e consumir carboidratos. Tenha sempre em mente esta afirmação: “A gordura queima na chama do carboidrato”.
Os carboidratos não apenas fornecem energia para trabalhar os músculos, mas também ajudam a ativar o metabolismo da gordura. Em suma, os carboidratos precisam estar presentes para que a gordura seja utilizada como energia.
Os benefícios mentais dos carboidratos.
A necessidade de carboidratos não se limita ao corpo. A glicose dos carboidratos é o combustível que o cérebro usa para produzir a energia que move e motiva você.
De acordo com a Dra. Carol Greenwood , “uma dieta carente de carboidratos não apenas corta o principal suprimento de energia do cérebro, como a escassez de glicose pode impedir a síntese de acetilcolina, um dos principais neurotransmissores do cérebro”. Quando ela testou a memória de adultos mais velhos depois de tomar um café da manhã com purê de batatas ou cevada, ela descobriu que “comer alimentos com carboidratos pode melhorar a memória dentro de uma hora após a ingestão em idosos saudáveis com memória relativamente ruim”.
Ganho de desempenho esportivo e a ingestão de carboidratos.
Quando se trata de atletas amadores, ganho de desempenho esportivo e na manutenção das reservas energéticas durante o treinamento, os carboidratos permanecem de vital importância, assim como nas refeições e lanches diários. Para maximizar e otimizar o desempenho e a recuperação, os atletas precisam carregar e recarregar continuamente os estoques de glicogênio muscular (gel de carboidrato, paçoca, etc…).
Este processo não pode acontecer com uma dieta pobre em carboidratos/alta proteína. De acordo com Ashley Chambers, MS, e Len Kravitz, Ph.D., o glicogênio muscular é o combustível primário (seguido pela gordura) usado pelo corpo durante o exercício. Baixas reservas de glicogênio muscular resultam em fadiga muscular e na incapacidade do corpo de completar exercícios de alta intensidade. A depleção de glicogênio muscular também é um fator importante que contribui para a fraqueza muscular aguda e redução da produção de força. Tanto o exercício aeróbico quanto o anaeróbico diminuíram os estoques de glicogênio, por isso a necessidade de carboidratos é alta para todos os tipos de exercício durante esta fase energética. Jeukendrup, Ph.D., e Michael Gleeson, Ph.D. mencionam que há evidências convincentes de numerosos estudos indicando que a ingestão de carboidratos durante o exercício de cerca de 45 minutos ou mais pode melhorar a capacidade de resistência e o desempenho.
Em resumo, os atletas que procuram acuidade mental máxima, desempenho, recuperação, mudança na composição corporal e resultados significativos devem procurar manter-se sempre numa estratégia alimentar bem definida. Quando se trata de nutrição, existem três componentes principais a serem observados, seriam estes:
- Frequência alimentar adequada.
- Os momentos adequados para a ingestão de nutrientes: De forma simples, alimente-se ao acordar e depois a cada 2,5-3,5 horas. Ser preciso com a frequência de alimentação e o tempo de nutrientes ajuda o corpo a estabilizar os níveis de açúcar no sangue, insulina e serotonina. Isso resultará em níveis de energia altos e estáveis durante todo o dia, bem como desejos de comida reduzidos, se não completamente eliminados.
- O equilíbrio adequado dos macronutrientes: Em cada refeição/lanche, procure o equilíbrio adequado de carboidrato, proteína e gordura. Manter um equilíbrio de macronutrientes em cada refeição/lanche que contenha 45-65% de calorias de carboidratos, 15-30% de calorias de proteínas e 15-30% de calorias de gordura ajudará a estabilizar os níveis de açúcar no sangue, insulina e serotonina. Isso ajudará a carregar e recarregar adequadamente os estoques de glicogênio muscular.